Lifestyle // My first day at the gym (aka The Hell on Earth)

Dear readers, this post in only written in portuguese 'cause the text its super long and I'm feeling lazy, but feel free to translate and read about the first time I went to a gym! 

Tendo eu obtido um free pass válido por um mês para o ginásio cá da terra, após meses a adiar a sua utilização (o cartão já estava a ficar em mau estado guardado na carteira), eis que lhe decidi dar uso, que nos tempos que correm não se podem desperdiçar serviços de graça. E também porque eu andava a cismar que queria ser saudável e ir ao ginásio regularmente e mimimi, que só não ia porque não tinha dinheiro. Adiante. Chego eu à recepção com o saco de desporto bem pesado (mulher prevenida) e pergunto o que posso fazer com aquele cartão. A mulher, uma simpatia, mostra-me as instalações e diz que está para começar uma aula de Zumba e tira-me uma senha. Ora muito bem, venha de lá essa aula. O que eu percebi ao fim de 2 minutos: Zumba não é para mim. Sou demasiado descoordenada, demasiado tímida para abanar a anca sem álcool no sangue. 

Bem se Zumba não é para mim, talvez seja o dito ginásio tradicional, com as passadeiras, elípticas e máquinas cujos nomes desconheço, que o que é tradicional é que está na moda. Afinal, está provado que musculação é bom para as mulheres e eu não quero perder peso, quero tonificar, então tem de ser. Bastou entrar na sala de ginásio para perceber que não, que aquilo definitivamente não era para mim. Digo-vos, parecia que tinha entrado numa sala de castigo para adultos, cheia de máquinas assustadoras, homens suados a observarem-me pelo canto do olho e mulheres a verem se o meu rabo era maior que o delas. 

Dirigi-me ao professor: “É a minha primeira vez num ginásio e estou um bocado desorientada” “um bocado?” e começa a tortura: passadeira, 10 minutos (ok, isto é fácil, olhem para mim a fazer exercício!). O professor retoma, tenho de aumentar a velocidade – sure, isto está-se aqui mesmo bem, estou a curtir o episódio de Criminal Minds e tudo. Seguiu-se três séries de 40 abdominais – bem, já está a custar mais, dói-me o pescoço. Chegou a vez de conhecer as máquinas – “Vamos começar com as pernas, blablabla glúteos” “Ahm, eu não tenho muita força nas pernas” “Faz 3 repetições de 15, quando acabares chama-me”. Chamei-o antes de acabar as 3 repetições. “Já está, e agora?” Outra de pernas e eu já estava a amaldiçoar aquele lugar e a jurar para nunca mais. Depois, braços. Aí hasteei a bandeira branca. Não consigo fazer flexões, quanto mais operar aquela maquineta, os meus braços não saíam do sítio. As 3 repetições de 15 passaram a repetições de 3 e mesmo assim, ui ui! Disse ao gajo que não conseguia, para passar à frente. Mandou-me para a elíptica para finalizar. “15 minutos, mas se fizeres 10 já é bom”. Olha ele a chamar-me fraca! Admito que ao fim dos 10 minutos já estava a morrer, mas como sou orgulhosa, lá fiquei os 15 para provar que conseguia (isso e o facto de estar uma quarentona ao meu lado e eu não querer dar parte de fraca). Durante todo esse tempo (uma eternidade) estes eram os pensamentos que me assolavam: “As pessoas pagam para estar aqui? Como é possível haver mulheres que gostam de ginásio? Mas como? Isto é a câmara dos horrores.” 

Bem, acabado o treino, estava eu vermelha que nem um tomate, a transpirar feita porca, a beber água como se não houvesse amanhã e não tive a satisfação de olhar para o professor e mostrar-lhe que aguentei, porque nem sinal dele. Não é como se fosse ficar à espera que ele aparecesse, allez para o balneário tomar um banho que não me segurava em pé durante muito mais tempo. 

Duas horas depois de ter entrado no ginásio, saí esfomeada, sem força e com uma vontade imensa de me meter na cama. Não me senti mais saudável nem energética, mas fiquei contente por nunca ter pago uma inscrição num ginásio.